Como resistir às crises e se manter firme num mercado tão volátil como o Marketing Multinível?

É possível uma empresa formada por ex-líderes dar certo no Brasil?

Qual o caminho pra construir uma história de mais de 10 anos de sucesso na Venda Direta e MMN, unindo alavancagem e consistência ao mesmo tempo?

Certamente, existem poucas pessoas tão capacitadas como a CEO da Akmos para dar essas e outras respostas importantes para a evolução do nosso mercado.

Há 13 anos, Carolina Saraiva e seus sócios Willian Miranda e Moacir Diniz se “aposentavam” da carreira de líderes de Multinível para fundar a Akmos.

Ao longo desse tempo, precisaram vencer não apenas a sua própria inexperiência na gestão de uma companhia que já nascia com a perspectiva de fazer milhões em vendas mensais.

Mas também tiveram de enfrentar diversas crises econômicas, a concorrência com pirâmides avassaladoras e todos os desafios comuns a uma empresa de MMN.

Nessa entrevista exclusiva ao upline.news, Carol Saraiva revela a receita da longevidade da companhia, as mudanças pós-pandemia e como enxerga o futuro da Venda Direta e Marketing Multinível.

Por que você, o Willian e o Moacir decidiram fundar a Akmos, em 2009?

Carol Saraiva: A gente se conheceu fazendo rede. E naquele momento o Brasil vivia um “boom” de empresas de serviços.

Nós enxergamos ali a oportunidade de ter um negócio com produtos de uso diário, que atendesse as necessidades das pessoas e gerasse recorrência.

Não foi um início fácil, mas o tempo provou que estávamos certos.

Como foram esses desafios do começo?

Nós só tínhamos a experiência como rede  e praticamente não existiam informações sobre como montar uma empresa de Multinível. 

O recurso financeiro também era muito pouco e buscamos sempre investir no início priorizando a qualidade dos produtos.

Mas esse propósito de poder dar uma oportunidade de negócio para alguém melhorar de vida, independente de experiências passadas ou grau de escolaridade, dava na gente muita vontade de fazer as coisas acontecerem.

Willian, Carol e Moacir: 13 anos unidos na mesma visão

Qual era o seu papel naquele início e como é a sua atuação hoje na Akmos, depois de 13 anos?

Há três anos estou como CEO, mas lá atrás tudo o que envolvia administrativo e financeiro era comigo. 

Eu separava pedido, emitia nota, pagava conta, rotulava o produto, enfim, fazia de tudo um pouco.

Hoje o meu papel, claro, envolve muito mais responsabilidades. 

É garantir o cumprimento de todo direcionamento estratégico da companhia, alinhado com o Willian e o Moacir no Conselho.

Como foi a preparação de vocês para assumirem essa função mais administrativa?

A gente já fez essa reflexão interna em vários momentos. 

Analisando depois de tanto tempo, o fator principal para isso é o fato de nós três [Carol, Moacir e Willian] termos muito respeito um pelo outro e usar as nossas principais qualidades em benefício da empresa.

Nós temos valores inegociáveis e muito bem alinhados, o que deu sustentação pra implantarmos uma gestão profissional com processos bem definidos em todas as áreas.

Nossa sintonia é tão grande, que a gente se entende só pelo olhar. E hoje eu vejo que esse alinhamento entre os sócios, aliado a uma busca constante por novos conhecimentos, tem sido fundamental pra saúde da empresa, em todos os sentidos.

Qual o grande segredo da Akmos pra se manter firme, mesmo diante de tantas crises econômicas e da volatilidade do MMN?

São três pontos fundamentais, e não dá pra ter um separado do outro: relação com a liderança, gestão e tecnologia

Nós temos uma transparência muito grande com as lideranças.

Hoje é muito claro pra rede o que é responsabilidade da empresa e o que é papel do líder. E nem sempre foi assim. 

Mas escrevemos tudo isso, fizemos um documento e a partir do momento que teve essa clareza, a gente diminuiu as eventuais divergências com a rede. 

E aí a gente consegue ter conversas de valor, reuniões estratégicas e fica claro o que o líder e a companhia precisam fazer.

Em relação à gestão, demos um passo muito grande nestes últimos anos. 

Hoje nós temos uma gestão sólida, transparente, com um plano estratégico anual claro apontando aonde vamos chegar. 

Todas as nossas áreas (marketing, operações, comercial, TI e outras) têm indicadores a serem cumpridos e um plano de ação pra colocar em prática.

Temos também uma consultoria externa que nos auxilia há três anos, em que cada gestor tem um consultor específico ao seu lado, com ampla visão de mercado, pra auxiliar nas tomadas de decisão.

Já a parte de tecnologia e inovação está muito no DNA do Willian. Ele não tira o olho disso. 

Tanto que fomos a primeira empresa do nosso mercado a lançar a melatonina.

 Além da melatonina, qual o outro grande destaque da Akmos em relação à inovação em produtos?

Hoje temos vários produtos de resultado imediato. 

Na parte de tecnologia e inovação especificamente, o destaque é o sérum anti-age com patente exclusiva Akmos.  É um produto que foi premiado no Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria

Ele tem um apelo social grande, pois é feito com extrato de pimenta biquinho que é comprado direto de pequenos produtores rurais do Estado de Goiás que seriam descartadas, porque são amassadas.

Consultora da Akmos com a melatonina, lançada assim que a Anvisa liberou o uso do ativo

Como foi a reação da Akmos à pandemia?

Esse ponto da gestão foi muito importante na pandemia, porque a gente teve que sentar e rever todo o orçamento daquele ano de 2020 e as ações pra crescer neste cenário. 

Nos voltamos para dentro de casa e fizemos várias ações voltadas a eficiência, ajustes de despesa, negociações com fornecedores e toda essa parte burocrática.

Isso nos permitiu aumentar o preço de somente quatro produtos dos mais de 300 do nosso portfólio, sem prejudicar a margem.

Passamos também a investir mais no digital e criamos campanhas específicas pra fomentar a rede neste período, que foi de crescimento para a empresa apesar de todos os desafios.

 Como você enxerga o momento atual do mercado?

É um momento de transformação da velocidade das informações com a tecnologia, o que traz desafios naturais a um mercado que tem no calor humano sua grande essência. 

Mas vejo um momento muito bom. A ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Venda Direta) tem assumido um papel de protagonismo nessa história. 

Nos últimos anos temos conseguido realizar reuniões bimestrais com CEOs de todas as empresas de Venda Direta e MMN, compartilhando essas informações estratégicas e os desafios do mercado.

Hoje a gente percebe que os novos consultores chegam muito mais com um desejo de revender os produtos do que construir rede. Eu acredito que essa seja uma das tendências para os próximos anos.

E como vocês fazem esse mapeamento do perfil de cada consultor?

A gente fez um trabalho, puxado pelo Marketing, de mapeamento de cada pessoa dentro da jornada.

Hoje é muito claro quem é que está cadastrado só pra consumir com desconto, revender ou construir rede.

E vamos buscar cada vez mais, através desses indicadores, treinar os líderes para que consigam acompanhar e entender como aumentar o ticket médio, gerar mais recompras, como identificar um potencial construtor de rede e outros dados.

Como é a jornada do novo consultor ao entrar na Akmos?

O novo cadastrado a gente trata como recém-nascido. Hoje a maioria das pessoas que se cadastra na Akmos não tem uma experiência anterior no Multinível.

Então se deixar sozinho, provavelmente esse novo consultor não vai pra frente.

É um esforço conjunto nosso com as lideranças pra ajudar nos primeiros resultados e a partir daí ele entender se vai desejar construir sua independência financeira ou seguir como renda extra.

Como está o indicador de recompra da empresa?

Nossa receita é mais de 90% recompra. É assim há mais de 7 anos. Isso eu vejo como um diferencial. 

Falar de patrocínio responsável é demodê. Qualquer um fala. Mas, na prática, os números não mentem. 

E a gente tem uma retenção alta comparada com o mercado. Você não vê a Akmos oscilando.

Qual a estrutura física da Akmos hoje?

Hoje nós temos duas fábricas próprias em Goiás, um centro de distribuição em Goiânia e a sede administrativa em Contagem (MG). 

Somos em mais de 100 funcionários, mais de 300 produtos e com planos de expandir ainda mais no Brasil, antes de alçar voos maiores. 

O que você diria para um consultor que acaba de se cadastrar na empresa?

Eu diria que ele tem a segurança de estar numa empresa sólida, com 13 anos de Marketing Multinível. 

E que essa empresa vai te acolher e vai te mostrar o caminho pra construir seu futuro profissional pra que possa realizar os seus sonhos. 

Temos líderes experientes que vão te orientar a conhecer os produtos e como construir a sua renda, sabendo que não é uma trajetória fácil. 

Não é no mês que vem que virão todos os resultados. Mas vai ter todas as condições pra crescer, construir sua história e ser referência pra outras pessoas.

Como você enxerga o Multinível daqui a dez anos?

Eu enxergo um setor mais forte, mais unido e mais profissional. 

O consumidor final estará muito mais exigente e não só com a qualidade do produto, mas com a prestação do serviço, como logística, atendimento, suporte e tudo mais. 

Eu vejo que daqui a 10 anos a gente já precisa destacar as conversas sobre o metaverso, como num artigo que você mesmo escreveu aqui no upline.news

Ao analisar o que está acontecendo fora do país, principalmente, temos boas perspectivas, pois é questão de tempo para influenciar o Brasil.

E lá fora cada vez mais se tem falado da necessidade do plano B, da renda extra e da Venda Direta e Multinível como alternativas concretas para isso.

O Multinível tem muito a crescer ainda no Brasil, e agora de forma cada vez mais profissional.

Fábio Guedes é jornalista e atua desde 2017 na Venda Direta e Marketing Multinível, construindo estratégias de conteúdo e comunicação institucional para grandes empresas e lideranças do mercado. Atualmente, presta consultoria de Comunicação e Marketing para empresas de Venda Direta, MMN e Franchising e é editor-chefe do portal upline.news

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