Após uma chegada ao país recheada de expectativas, a coreana Atomy começa a colher os frutos no mercado brasileiro.

Nessa entrevista ao portal Upline.News, o presidente nacional da Atomy André Yi compartilha a visão da empresa para o Brasil, comenta sobre a expansão do portfólio e faz planos promissores para o próximo ano.

“A tendência que se vê no mundo inteiro é que o crescimento da Atomy começa mais devagar e depois vem o grande Momentum, que explode como um vulcão. Isso normalmente acontece após 1 ano e meio a dois anos de operação. Estamos preparados para isso.”

Confira a entrevista completa:

Upline.News: Em quantos países a Atomy está hoje e como a empresa enxerga o Brasil neste processo de expansão?

André Yi, presidente da Atomy: Incluindo a Coréia do Sul, a Atomy está hoje em 26 países. 

A Atomy enxerga o Brasil como um mercado de potencial muito grande e no qual estamos apostando bastante. 

Acreditamos que o faturamento no Brasil vá chegar ao nível da China atualmente, que está atrás apenas da Coreia, com 300 milhões de dólares por ano. 

Esperamos que o Brasil também chegue a esse nível.

Como foi o seu papel nesse processo de abertura da Atomy no Brasil?

Fui contratado em setembro de 2020, quando a Atomy não tinha nem CNPJ no Brasil. 

Abrimos o CNPJ em janeiro de 2021 e ajudei a estruturar toda a empresa, desde a contratação do pessoal, até a escolha do escritório, obras, logística e tudo mais.

Qual a sua experiência corporativa para assumir um desafio dessa grandeza?

Venho da área de gestão empresarial e trabalhei em várias empresas coreanas, como Samsung e SK Telecom. 

Foi aí que a Atomy viu esses pontos positivos e me contratou.

A empresa enxerga como positivo o fato de não ter presidentes com experiência anterior no Marketing de Rede, pois acabam não tendo também os vícios naturais do mercado. 

Você já morava no Brasil?

Sim. Eu vim para o Brasil em 1977, fiz faculdade, estudei e voltei para a Coreia em 1992. 

Passei 20 anos lá e voltei para o Brasil como executivo de uma empresa coreana. 

Tenho 53 anos, com 27 vividos na Coreia e 26 no Brasil, sempre indo e voltando. Posso dizer que conheço muito bem as duas culturas.

O Brasil foi o lugar que me criou, onde tenho bons amigos. Sempre me identifiquei mais com o Brasil do que com a Coreia, me sinto mais livre e à vontade aqui.

Foi criada uma grande expectativa quando a Atomy anunciou que chegaria ao Brasil. E, ao mesmo tempo, houve um período de pré-marketing um pouco prolongado. A que se deveu isso?

Na verdade, quando a Atomy começa o pré-marketing em um país, não se define quando vai abrir as vendas. 

Existem países que iniciaram o pré-marketing no mesmo período do Brasil e não abriram ainda. 

Esse prolongamento no Brasil, especificamente, se deveu à preparação da abertura. 

Leva tempo para a contratação de um presidente, gestores, sistemas, logística, estoque, obras no escritório e tudo mais. 

Hoje, por exemplo, estamos com pré-marketing em mais de 30 países. Mas, de forma estratégica, é preciso analisar 1 a 1 e medir as prioridades antes de abrir as vendas.

Como é a estrutura da Atomy hoje no mundo e aqui no Brasil, em termos operacionais e números de consultores?

Temos vários fornecedores globais, principalmente na Coreia e alguns na China. São mais de 16 milhões de membros em todos os países. 

No Brasil ainda não temos fornecedores, mas estamos buscando. 

Temos uma estratégia chamada GSGS (Global Source Global Sales), com o objetivo de fomentar as indústrias locais e oferecer produtos a preços mais acessíveis.

No Brasil, contamos com um escritório central em São Paulo, armazém de distribuição em Serra (ES) e mais de 30 núcleos de centros de treinamentos geridos pelos nossos próprios membros (consultores).

“Para ter preço mais competitivo, estudamos trazer produtos importados de fora para produção no Brasil. Outra linha de ação é desenvolver produtos brasileiros específicos para o país”

André Yi, presidente da Atomy no Brasil

Todos os produtos hoje são importados, mas existe a busca por produzir outros tipos de produtos no Brasil, seria isso?

São duas formas de trabalho. Primeiro, para ter preço mais competitivo, estudamos trazer produtos importados de fora para produção no Brasil. 

Outra linha de ação é desenvolver produtos brasileiros específicos com açaí, castanha do pará, própolis e outros, para consumo local e exportação.

Na Austrália, por exemplo, temos  mel de manuka que é exportado para outros países. O mesmo acontece com produtos no Japão e queremos fazer o mesmo no Brasil.

Linha Absolute é uma das campeãs de vendas da Atomy no Brasil

Quais são hoje os produtos campeões de vendas globalmente e no Brasil?

Globalmente, o carro-chefe é  HemoHim, um suplemento com três ervas medicinais da Coreia que ajuda na imunidade. Este foi o primeiro produto vendido pela Atomy e é até hoje o de maior sucesso global.

O HemoHim foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Nucleares da Coreia do Sul (KAERI) e, recentemente, ultrapassou o Ginseng como suplemento mais exportado de toda a Coreia.

Na parte de cosméticos temos a linha Absolute, também desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas Nucleares. São seis produtos top de linha que ganharam muitos prêmios na Coreia, inclusive de melhor patente entre 180 mil concorrentes. 

É uma linha super premium em qualidade, mas não em preço.

No Brasil a linha Absolute está entre os 5 mais vendidos. E, ao mesmo tempo, temos linhas de entrada como o kit de higiene bucal que é o mais vendido. 

Nosso portfólio mostra a capacidade que a Atomy tem de falar com público mais premium e também com produtos de entrada.

Como está o processo de aprovação do HemoHim para vendas no Brasil?

Estamos em processo de aprovação com a Anvisa. Ela está fazendo o papel dela de proteger o brasileiro de produtos que ainda não conhece. 

Por isso, existem questões burocráticas que tornam este processo um pouco demorado, mas acreditamos que conseguiremos liberar ainda neste ano.

Esse produto já é vendido com muito sucesso nos Estados Unidos, Canadá e outros países do Ocidente.

Mas a Anvisa está fazendo o papel dela de querer conhecer melhor o produto, já que são ervas que não têm no Brasil.

“É um momento em que a Coreia está em evidência no Brasil. Isso nos favorece e queremos conversar com esse p´úblico que acompanha a cultura coreana”

André Yi, presidente da Atomy no Brasil

Está havendo um grande crescimento da cultura pop da Coreia do Sul pelo mundo, com as suas séries conhecidas como doramas, as músicas k-pop e as comidas k-food. Além disso, as coreanas têm ganhado evidência pela qualidade da sua pele. Vocês veem isso como oportunidade para a Atomy no Brasil?

Tem espaço sim, embora sejam mercados um pouco diferentes. Os jovens que gostam muito disso não são os mais engajados no Marketing de Rede, mas estamos trabalhando para que conheçam nosso produtos 

É um momento em que a Coreia está em evidência. A coreana tem essa preocupação de se cuidar desde cedo.  

Esse momento nos favorece muito e é um público que a gente busca conversar com certeza. De uma forma geral, a imagem da Coreia é muito bem vista aqui no Brasil e isso tem ajudado na divulgação.

A tendência que se vê no mundo inteiro é que o crescimento da Atomy começa mais devagar e depois vem o grande Momentum, que explode como um vulcão. Estamos trabalhando no básico para que essa erupção seja a mais forte possível.

André Yi

Que balanço você faz da presença da Atomy no Brasil desde a abertura das vendas em junho de 2022?

O balanço é positivo. Claro que a chegada ao Brasil é muito difícil para qualquer tipo de indústria, mas estamos vendo nossas vendas crescerem mês a mês. 

Tem muito a ser feito ainda para que possamos alavancar ainda mais, como trazer novos produtos que o brasileiro quer. Isso é algo que estamos trabalhando bastante.

A tendência que se vê no mundo inteiro é que o crescimento da Atomy começa mais devagar e depois vem o grande Momentum, que explode como um vulcão.

Temos acompanhado isso em todos os países. Essa erupção leva de 1 ano e meio a dois para acontecer. 

Estamos trabalhando no básico para que essa erupção seja a mais forte possível.

Na Atomy não é incentivada a revenda, mas sim o consumo inteligente. Por que a empresa optou por esse caminho?

A Atomy optou por não ter kit de entrada e ativo mensal (valor de compra mínimo mensal) em nenhum país. 

A empresa parte do princípio que a pessoa compra o que quer, quando quer, seja porque precisa ou porque gosta. 

É um processo natural de usar e recomendar, como deveria ser em qualquer outra empresa. 

Começa com a pessoa se encantando pelo produto e depois recomendando. 

Por isso, nosso presidente global Han-Gill Park fala que estamos reescrevendo a história do Marketing de Rede no mundo.

Como você enxerga os próximos passos da Atomy no Brasil?

A Atomy veio para mudar o paradigma no Marketing de Rede. Não tem nenhuma empresa no mundo sem kit de entrada e ativação mensal. 

Os produtos são a grande diretriz do negócio. São todos de excelentíssima qualidade e que você vai acabar se apaixonando.

E como não tem taxa de adesão, a profundidade é infinita realmente. Você não está vendendo produtos, mas passando informação e experiência para as pessoas.

Você não precisa convencer alguém a comprar R$ 1 mil em produtos. Isso é um grande diferencial. 

Em 13 anos de existência, somos a décima maior empresa do mundo. As pessoas que entram são as que realmente conhecem os produtos, o que é Atomy e se apaixonam pela filosofia e visão da empresa.

Fábio Guedes é jornalista e atua desde 2017 na Venda Direta e Marketing Multinível, construindo estratégias de conteúdo e comunicação institucional para grandes empresas e lideranças do mercado. Atualmente, presta consultoria de Comunicação e Marketing para empresas de Venda Direta, MMN e Franchising e é editor-chefe do portal upline.news

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